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Protocolos – Tecnologias de Remediação

3. Tecnologias de remediação in situ

As tecnologias de remediação podem ser classificadas em tratamento in situ e ex situ. As tecnologias in situ consistem no tratamento do solo, águas e sedimentos diretamente no local contaminado. Já a remediação ex situ inclui a destinação ou tratamento de solo, água ou resíduos em outro local, os quais tenham sido removidos por meio de intervenções in situ (ex.: escavação de solo contaminado, bombeamento de fase livre, filtro de carvão ativado etc.). As tecnologias de remediação também podem ser classificadas com base no meio contaminado de atuação, sendo eles: solo, sedimentos, rochas e água subterrânea ou superficial. Apesar dessa divisão, na maioria das áreas contaminadas, a remediação do solo e da água subterrânea nem sempre pode ser separada e o tratamento é realizado em etapas ou integrando as zonas saturada e não saturada. 

Diversas técnicas podem ser aplicadas isoladamente ou combinadas para que os objetivos da remediação sejam alcançados. De acordo com as características e mecanismos de atuação de cada tecnologia, as mesmas também podem ser classificadas em grupos, como é apresentado na tabela abaixo:

Tecnologias de remediação: classificação e descrição

CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO TECNOLOGIA DE REMEDIAÇÃO
TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO Técnicas de remediação in situ, cujo objetivo é a retirada do material contaminado, incluindo: solo, sedimentos, resíduos ou LNAPL puro. Escavação e Destinação Final
Skimming
Extração Multifásica (MPE)
Bombeamento e Tratamento
CONTENÇÃO FÍSICA Aplicação de elementos físicos para controlar a migração horizontal de LNAPL, promover o isolamento ou bloquear o acesso à fonte de contaminação (ITRC, 2018b). Contenção Física ou Hidráulica
PROCESSOS QUÍMICOS Emprego de aditivos para promover reações químicas, visando a remoção de massa ou mudanças de fase dos contaminantes presentes no LNAPL. Oxidação Química
Injeção de Surfactantes ou Cossolventes
TRATAMENTO TÉRMICO Aplicação de processos físicos de produção de calor com o objetivo de realizar a extração de vapores e ebulição de compostos orgânicos voláteis (COV) e compostos orgânicos semivoláteis (COSV), tanto do solo como da água subterrânea. O tratamento térmico in situ é complementado pela extração de vapores do subsolo e tratamento das fases gasosas e líquidas recuperadas. Injeção de Vapor
Aquecimento por Condução Térmica ou Resistência Elétrica
PROCESSOS MICROBIOLÓGICOS Processos que utilizam microrganismos para transformar ou estabilizar contaminantes tóxicos presentes no petróleo, derivados e misturas com biocombustíveis. Os microrganismos específicos promovem a biodegradação utilizando os poluentes orgânicos como fonte de carbono para obtenção de energia, transformando-os em substâncias como dióxido de carbono, água e sais minerais. Biorremediação Aeróbia
Biorremediação Anaeróbia
Biobarreiras
Fitorremediação
Atenuação Natural Monitorada
Depleção Natural da Zona da Fonte (NSZD)
TÉCNICAS COM DIFERENTES CLASSIFICAÇÕES Processos que podem ser classificadas como físicos, químicos e biológicos conjuntamente, como o caso do revolvimento do solo. Outro exemplo é a injeção de ar e extração de vapores do solo, que pode ser enquadrada como uma técnica de extração associada aos processos de biodegradação. Revolvimento do Solo
Injeção de Ar e Extração de Vapores do Solo (SVE)

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